prémios Arco-Íris 2011 - ILGA
11 Janeiro de 2012 - Cinema São jorge - sala 2 às 19h
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Ana Zanatti
Ana Zanatti
Ana Zanatti publicou recentemente o livro "Teodorico e as mães cegonhas", com um enfoque na abordagem para crianças da parentalidade exercida por casais do mesmo sexo. E tem feito uma divulgação sistemática do mesmo discutindo publicamente esta questão em diversos programas de televisão e publicações - para além da própria Feira do Livro LGBT, no Centro LGBT.
E o contributo de Ana Zanatti é, claro, ainda mais abrangente: trata-se de uma pessoa que fez o seu coming out no passado, contribuindo assim também para a visibilidade lésbica em Portugal.
Com a serenidade que a caracteriza, Ana Zanatti tem sabido intervir em momentos-chave - e o seu trabalho no último ano tem sido fundamental para que a discriminação deixe de afetar as nossas crianças; e para que reconheçamos, enquanto sociedade, que as famílias existem no plural.
Duas mães são duas mães: a mensagem é simples. Vale a pena celebrá-la com o nosso reconhecimento e o nosso aplauso.
Clã
Clã
Os Clã editaram em 2011 o seu "Disco Voador" que inclui a canção "Arco-Íris" e que é - finalmente - um disco para todas as famílias.
"Viva todo o arco-íris e a cor que se mistura": é agora fácil cantar em coro contra o preconceito em relação às pessoas LGBT. E a letra de Regina Guimarães sabe ensinar-nos a "amar sem medo ou vergonha" e a desconstruir esterótipos de género.
Com este "Disco Voador", os Clã vieram mostrar que a música e o amor são de todas as cores e para todas as famílias, sempre no plural.
Uma lição fundamental para todas as crianças - e também para as crianças das nossas famílias arco-íris.
É que famílias há mesmo muitas, mas os Clã foram mesmo únicos - e merecem por isso a nossa homenagem.
Gral-Gabinete para a Resolução Alternativa de Litígios do Ministério da Justiça | Ministério da Justiça
Gral-Gabinete para a Resolução Alternativa de Litígios do Ministério da Justiça
Justiça para todas e todos - é o que queremos, não é ainda o que temos. Mas este ano a justiça ficou mais próxima das pessoas LGBT.
O Gabinete para a Resolução Alternativa de Litígios do Ministério da Justiça fez um trabalho connosco para garantir o reencaminhamento de casos (da nossa Linha LGBT e não só) e sobretudo para assegurar ações de formação anti-discriminação das pessoas LGBT para profissionais dos meios de resolução alternativa de litígios. É que, como o GRAL mostrou compreender, garantir a qualidade e abrangência deste setor - ou de qualquer outro - implica aprender as especificidades da discriminação e dos seus mecanismos - e implica compreender vidas que foram forçadas a conhecer pouco a justiça.
Sim, falta fazer mais e ter mais justiça, mais segurança, mais saúde, mais educação - para todas e para todos.
Mas os primeiros passos estão dados - e merecem ser celebrados.
Luis Borges
Luis Borges
É raro ganhar-se prémios por discursos de aceitação de prémios, mas o discurso de aceitação do Globo de Ouro para Luis Borges na área da Moda foi também raro. O seu agradecimento ao marido, Eduardo Beauté, foi um momento alto da noite. O prime-time televisivo português foi confrontado com a visibilidade de um homem gay, recentemente casado - bem como do seu marido.
De anel no dedo, sem hesitações, com orgulho, Luis Borges celebrou com todas e todos nós as oportunidades de felicidade que a igualdade nos traz - e reiterou-o aliás recorrentemente em entrevistas a diversas publicações. Hoje, o direito à indiferença está um pouco mais perto - e também por causa de Luis Borges, que merece assim o nosso reconhecimento.
Nuno Miguel Ropio
Nuno Miguel Ropio
Em várias peças no Jornal de Notícias, Nuno Miguel Ropio foi o único jornalista a acompanhar a par e passo todo o processo que conduziu à aprovação e entrada em vigor da Lei da Identidade de Género: o marco legislativo de 2011 que permitiu, após a confirmação na Assembleia da República na sequência do veto presidencial, que Portugal fosse uma vez mais um exemplo a nível europeu.
E para além de várias outras peças relacionadas com questões LGBT, Nuno Miguel Ropio continuou a enfatizar a letra T com uma cobertura atenta da questão do acesso à saúde para as pessoas transexuais.
No ano em que o nosso projeto "Porto Arco-Íris" entrou em funcionamento, é precisamente o JN que publica este trabalho sistemático que deu centralidade às questões relacionadas com a cidadania plena das pessoas transexuais - um trabalho que é único, de Norte a Sul e que merece, claro, a nossa homenagem.
Querida Júlia
Querida Júlia
O programa da manhã da SIC tem abordado temas LGBT em várias edições, tornando-os alvo de discussão num horário pouco marcado pela atenção a estas questões.
Entre outros, o 'Querida Júlia' dedicou um programa a mães e pais de pessoas LGBT que não hesitam em juntar-se a filhas e filhos, com a força do amor, na luta por uma sociedade mais inclusiva e igualitária. E com esta visibilidade provou-se que, também neste sentido, as famílias existem cada vez mais no plural.
E no ano em que a lei portuguesa reconheceu finalmente o direito à identidade das pessoas transexuais, o 'Querida Júlia' contribuiu também para a visibilidade das pessoas transexuais - e dos homens transexuais em particular. Precisamos das letras LGBT em evidência numa televisão que se quer para todas e todos. É com a visibilidade que se quebram silêncios e é fundamental marcar que o tempo do "Não perguntes, não digas" acabou. O contributo do 'Querida Júlia' e da sua equipa merece por isso o nosso aplauso.

 

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